Fortaleza terá, até 2016, 131,5 quilômetros de corredores expressos para transporte público, incluindo as vias já em obras e os novos corredores que terão investimento do Programa de Aceleração do Crescimento 2, o PAC 2 (ver quadro). Hoje, de acordo com o secretário municipal da Infraestrutura, Samuel Dias, a Capital não possui nenhum quilômetro de corredor exclusivo para circulação de ônibus.
Samuel explica que os corredores existentes hoje na avenida Bezerra de Menezes (integrante do futuro BRT Antônio Bezerra/Papicu) são prioritários para o transporte público e não exclusivos. No local, ocorreu apenas o melhoramento viário com adequação na pavimentação, ciclovias e canteiro central. “Ainda falta a implantação das parada de ônibus no canteiro central e demarcação da faixa exclusiva. Até julho do próximo ano nós queremos que a (avenida) Bezerra de Menezes funcione como BRT”.
De acordo com Samuel - além do melhoramento viário e da sinalização -, um BRT (Bus Rapid Transit) é caracterizado por paradas especiais, instaladas no canteiro central das avenidas e que funcionam como estações. O usuário já deve pagar a tarifa antes de acessar o ônibus. Os coletivos, por sua vez, serão do mesmo nível de altura das paradas. “Assim, o embarque e desembarque é mais rápido, diminuindo o tempo das viagens”, explica. A frota também deve ser equipada com ar-condicionado e as linhas articuladas para ter mais capilaridade nos horários de pico.
Transporte público
Entre as novas vias que serão beneficiadas com implantação do BRT estão as avenidas Presidente Castelo Branco, Raul Barbosa, Vital Brasil, Aguanambi e Perimetral Para Gustavo Costa, arquiteto e urbanista, o atraso para a implementação do projeto é um dos grandes entraves no tráfego da Capital. “Uma das vantagens é facilitar o escoamento do tráfego. Esses corredores vão aliviar, pois facilitam o escoamento. Mas é uma solução de curto prazo. Nós precisamos é incentivar outros modais de transporte. O mais sensato é ter investimento nas formas alternativas. Isso implica melhorias na qualidade do transporte público”, explica.
O engenheiro de transporte Caio Henrique Leandro acredita que o BRT tem muito a contribuir no ganho de velocidade e tempo dos usuários. Mas, além da adequação das vias, é necessário ter um modelo de gestão adequado para o sistema. “Todos nós sabemos que simplesmente alargar as ruas e avenidas não resolve o problema da cidade. Temos que investir em transporte público. O BRT é uma opção interessante, mas não basta colocar o espaço físico para o ônibus andar. Esse transporte público tem que ter confiabilidade nos horários, limpeza e segurança. São condições para deixá-lo mais interessante que os outros modais”, afirma Caio.
Para 2014, explica o secretário Samuel Dias, a meta é ter pelo menos 30 quilômetros de BRT funcionando. Será o BRT Antônio Bezerra/Papicu e o chamado BRT da Copa. Os outros 96 quilômetros de corredores expressos para ônibus devem ficar prontos até 2016, sinalizou o gestor.
“Em 2014 já devemos ter os primeiros corredores funcionando. É o início da experiência, uma fase de transição. É necessário planejar o funcionamento das linhas de ônibus. Até o fim do próximo ano, vamos colher os primeiros frutos. Esses corredores são os primeiros e passam em zonas importantes da cidade”, pontua Samuel Dias.
Por Isabel Costa
Informações: O Povo Online
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