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Thursday, December 12, 2013

A seis meses do início da Copa do Mundo, nenhuma das obras de mobilidade urbana previstas para Curitiba foi concluída. Dois dos nove projetos foram excluídos desde a assinatura da matriz de responsabilidade original, em 2010, e houve 32,4% de aumento nos preços em relação aos gastos estimados para as obras que permaneceram no cronograma.
Obras geram congestionamentos na Avenida das Torres (Foto: Fernando Castro/ G1)
Todas as obras deveriam ser concluídas antes de abril de 2013 – dois meses antes da Copa das Confederações, da qual Curitiba não foi cidade-sede. Mas os prazos foram revistos e, das sete intervenções que continuaram no planejamento, nenhuma será completamente concluída na nova data limite. Algumas têm previsão de entrega para o mês de maio, a um mês do mundial.

O último relatório divulgado pela Comissão de Fiscalização da Copa 2014 do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), em outubro, aponta atrasos no cronograma físico-financeiro de seis das sete obras. Apenas a Extensão da Linha Verde Sul, com previsão de conclusão em maio de 2014, tem o andamento da obra dentro do previsto em contrato.

O secretário municipal da Copa, Reginaldo Cordeiro, e o coordenador estadual da Copa, Mario Celso Cunha, afirmam que todas as obras estarão prontas antes do Mundial. Eles apontam problemas nos projetos, condições climáticas, burocracias e desistência de empresas como os principais fatores para a demora e o aumento no custo.

Rodoferroviária
Entre as obras atrasadas, a reforma da rodoferroviária de Curitiba é uma das que mais preocupa com relação ao cumprimento dos prazos, de acordo com o TCE-PR.

O prazo inicial de entrega era dezembro de 2012. Hoje, a obra segue prevista para ser entregue em setembro de 2013. A Prefeitura de Curitiba, responsável pela obra, trabalha com o prazo de maio de 2014.

O projeto foi dividido entre "meta 1", reforma do prédio, e "meta 2", acessos no entorno do terminal. A primeira está em execução desde junho de 2012, e o contrato assinado prevê investimento de R$ 35,19 milhões, dos quais foram pagos até o início de novembro R$ 14,78 milhões, segundo a prefeitura. Ainda de acordo com a administração municipal, 50% havia sido executada.

Um novo balanço do andamento das obras, realizado pela Comissão de Fiscalização da Copa 2014 do TCE-PR, deve ser concluído e divulgado na segunda quinzena de janeiro.

A execução da "meta 2" não foi licitada. O projeto foi concluído em novembro e, segundo a prefeitura, as obras devem ocorrer entre os meses de janeiro e maio de 2014. Os custos totais da obra devem ultrapassar os R$ 36,2 milhões previstos em 2010. Em maio de 2012, a estimativa era de R$ 48,9 milhões.
Corredor Aeroporto-Rodoferroviária
O aumento de gastos ocorre também em outras obras, como a do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária. A obra percorre toda extensão da Avenida das Torres e liga o terminal aeroportuário de São José dos Pinhais, na Região de Curitiba, ao Centro da capital.

Sob responsabilidade da prefeitura e do governo estadual, o valor orçado saltou de R$ 104,8 milhões na matriz de 2010 para R$ 143,19 milhões nas contratações realizadas – 36,63% de aumento.

Dividida em três partes, apenas o trecho que corresponde à trincheira do Guabirotuba está pronta. O viaduto estaiado, previsto para ser concluído em dezembro de 2013, apresentava 72% de execução do cronograma até o início de novembro, segundo a prefeitura, que garante a conclusão dentro do prazo.

O viaduto, de acordo com o secretário municipal da Copa, é o principal fator de encarecimento da obra que liga o aeroporto à rodoviária. "Inicialmente estava prevista uma trincheira na Avenida das Torres, mas depois houve a escolha pela obra de arte do viaduto estaiado, o que aumentou o valor consideravelmente”, apontou Cordeiro.

Já o trecho do sistema viário do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária, que havia progredido apenas 3% até o início de novembro, precisou passar por uma nova licitação. De acordo com o secretário, a empresa que havia vencido a licitação deste trecho da obra optou pela rescisão contratual por falta de estrutura para tocar a execução.

"Essa empresa desistiu também de outras obras porque assumiu muitas coisas ao mesmo tempo", disse Cordeiro. A nova empresa foi anunciada no dia 6 de dezembro, e o prazo atualizado de conclusão foi previsto para março de 2014.

Na parte da obra que cabe ao governo estadual, que envolve o trecho entre a divisa e o aeroporto, o acréscimo no custo foi de 12,5%. Enquanto a matriz inicial previa investimentos de R$ 42,3 milhões, foram contratados R$ 47,6 milhões em serviços.

Até o início de novembro, o governo informou que 38,44% do cronograma havia sido executado. Segundo o TCE-PR, porém, até setembro deveria ter sido executado, pelo menos, 47,71%.

Confira o panorama das obras de mobilidade urbana:

PR
Corredor da Avenida Cândido de Abreu
--
Descartada para a Copa
Encarecimento do valor previsto
Os comitês municipal e estadual da Copa dizem que as obras serão suficientes. A prefeitura diz que assumiu com um cronograma de obras atrasado, mas está trabalhando para entregar tudo antes do evento. O governo estadual diz que os atrasos são decorrentes da chuva e de problemas burocráticos com a Caixa e o Ministério das Cidades, que travavam as obras a cada pequena mudança nos projetos
PR
Requalificação de vias existentes do Corredor Metropolitano
--
Descartada para a Copa
Problemas de projeto que subestimaram o valor da obra
PR
Vias de Integração Radial Metropolitanas
mai/14
Prorrogada
Chuvas e burocracias do financiamento
PR
Linha Verde Sul
mai/14
Prorrogada
Desistência da empresa que havia vencido licitação
PR
Corredor Aeroporto/Rodoferroviária
mar/14
Prorrogada
Prazo definido em cima de projeto básico - superficial
PR
Sistema Integrado de Monitoramento
nov/13
Prorrogada
Prazo definido em cima de projeto básico - superficial
PR
Reforma do Terminal Santa Cândida
mai/14
Prorrogada
Prazo definido em cima de projeto básico - superifical
PR
Corredor da Avenida Marechal Floriano Peixoto
mai/14
Prorrogada
Prazo definido em cima de projeto básico - superifical
PR
Reforma da Rodoferroviária
mai/14
Prorrogada
Projeto foi reformulado após veto do Iphan






Informações: G1 Paraná

Wednesday, December 11, 2013

A partir da proxima quinta-feira (12), vão faltar seis meses até o jogo de abertura da Copa do Mundo 2014 no Brasil. Segundo dados dos comitês gestores locais do evento, 75,6% das obras de mobilidade previstas para o Mundial estão atrasadas ou não serão entregues para a competição. Além disso, muitas delas custarão mais caro do que o governo previu.

Segundo o levantamento, das 74 ações de mobilidade, 18 não serão mais entregues e outras 38 tiveram prazos prorrogados, a grande maioria para maio de 2014, a um mês do evento (Veja o andamento das obras na tabela abaixo).

Os projetos de mobilidade, anunciados como carro-chefe do mundial e essenciais para os deslocamentos até os estádios e dentro das cidades onde ocorrerão os jogos, recebem verba federal, municipal e estadual.
Entre as justificativas apontadas pelos gestores para o atraso ou cancelamento das obras estão burocracia, chuvas, imprevistos, disputas judiciais sobre desapropriações, impasse para obtenção de licenças, entre outros.

Hoje, a matriz de responsabilidade (documento que contém os projetos de cada sede) conta com 45 projetos de mobilidade em andamento ou concluídos, segundo o Ministério do Esporte.

Onze foram transferidos para a carteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Isso significa que elas continuam em andamento, mas não mais para a Copa.

Os atrasos e mudanças na matriz diminuíram o total de investimentos previstos para mobilidade de R$ 11,9 bilhões para os atuais R$ 7,02 bilhões. O gasto nessa área será menor do que os R$ 8 bilhões destinados aos estádios.

O Ministério do Esporte afirma, em nota, que "as obras excluídas da matriz de responsabilidades representam a minoria dos projetos executados e a retirada dessas obras não compromete a realização da Copa do Mundo". "Algumas delas ainda poderão ficar prontas antes do Mundial."

O G1 também apurou que, apesar da redução nos investimentos, parte das obras custarão mais caro aos cofres públicos. É o caso do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária, em Curitiba, cujo preço inicial saltou de R$ 104,8 milhões na matriz de 2010 para R$ 143,19 milhões.

O VLT de Cuiabá passou de R$ 1,26 bilhão para R$ 1,57 bilhão, e o BRT (Bus Rapid Transit) Antônio Carlos / Pedro I, em Belo Horizonte, custará R$ 713,4, ante os R$ 633,9 milhões inicialmente orçados.
A pasta diz que "os ajustes orçamentários realizados na execução de obras podem ocorrer em qualquer projeto, em razão das circunstâncias que se apresentam. Principalmente, em grandes obras".
"Muitas vezes, esses ajustes são feitos devido ao formato em que as licitações foram feitas. Os ajustes podem acontecer também por alterações no empreendimento original", afirma o governo.

A previsão de gastos com a Copa já chegou a ser estimada em R$ 33 bilhões, mas diminuiu em razão das desistências. Da previsão atual de R$ 25,6 bilhões, apenas R$ 3,8 bilhões são de recursos privados.
"Alguns projetos deixaram a matriz, resultando na redução do valor global de investimento. Os projetos retirados integraram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e serão concluídos", complementa o ministério.

"Vale destacar que todas as obras da Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo – incluindo estádios, mobilidade urbana, portos e aeroportos – são fiscalizadas por diversos órgãos de controle, como CGU, TCU, Tribunais de Contas Estaduais e Ministério Público", conclui a pasta.

Informações: G1
Já o prazo de conclusão de alguns projetos termina já no início de 2014. A Transcarioca, corredor expresso que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, terá 39 quilômetros e 45 estações. Segundo a Secretaria Municipal de Obras (SMO) da Prefeitura do Rio de Janeiro, 85% do projeto está concluído. No entanto, seu fim está previsto somente para março, se tornando mais uma obra que avançará para o próximo ano na rotina do carioca.

Como as obras na Transcarioca ocorrem concomitantemente por toda sua extensão, a conclusão depende do término da pista de rolamento do BRT, que é indicada como a última parte do projeto. Segundo a SMO, as maiores partes do projeto como o mergulhão do Campinho e a ponte do canal do Fundão já estão 100% concluídas. As pontes estaiadas da Ilha do Governador e da Barra da Tijuca também estão em fase de conclusão.

A área de mobilidade será uma das que mais sofrerá mudanças na cidade. Além da Transcarioca, os projetos Transoeste e Transolímpica formam a tríade dos corredores expressos, que chega para desafogar o trânsito e diminuir o tempo de viagem entre pontos estratégicos do Rio.

Segundo o professor do departamento de Engenharia Industrial da Puc-Rio, José Eugenio Leal, é muito complicado diminuir os impactos que obras desse porte provocam na cidade e na rotina dos moradores. “O projeto tem que ser muito bem planejado. Deve-se tentar ao máximo colocar as obras em horário noturno, assim como o transporte de materiais. Ainda assim, é impossível que esse tipo de transformação passe batido pela cidade”, explica.

A Transoeste já opera na cidade, mas será expandida. Atualmente, o sistema de ônibus BRT faz o caminho que liga Barra da Tijuca a Santa Cruz, além do túnel da Grota Funda, que faz o trajeto Recreio dos Bandeirantes – Barra de Guaratiba. O trabalho agora é para completar a expansão a Campo Grande, que será entregue neste mês. A Prefeitura estima que o tempo de viagem se reduza em 50% com o projeto, que custará, ao todo, R$ 1,06 bilhão, embarcando 230 mil passageiros por dia.

De acordo com José, para trazer benefícios, as obras precisam, primeiramente, cobrir demandas existentes. “Os corredores expressos devem ser instalados em áreas que precisam delas. Dessa forma, estarão melhorando locais mal atendidos. É importante também que essas novas linhas não estejam no mesmo corredor que os transportes de massa já conhecidos, para que não haja competição”, alerta.