A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado anunciaram nesta quinta-feira (21) que o Bilhete Único Mensal integrado, que servirá para trem, metrô e ônibus de São Paulo, custará R$ 230 por mês. A integração permitirá que os passageiros utilizem as linhas municipais de ônibus e a rede metro-ferroviária quantas vezes quiserem durante 31 dias. O Bilhete Único Mensal para ônibus custará R$ 140, assim como o bilhete estadual, específico para metrô e trens.
A São Paulo Transporte (SPTrans) vai cadastrar também os usuários do Bilhete Único estadual, que permitirá o uso de metrô e trens de forma ilimitada ao longo de um mês. Assim como o Bilhete Único Mensal integrado, que valerá para ônibus, metrô e trens, os dados serão unificados pela Prefeitura da capital.
O cadastro para o Bilhete Único Mensal, que valerá só para ônibus, está aberto desde abril e até segunda-feira (18) havia registrado 136 mil inscrições. Os três bilhetes começarão a funcionar no dia 30 deste mês. Para anunciar a adesão do governo do Estado ao Bilhete Único Mensal, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu a comparecer à sede da Prefeitura hoje. O benefício é uma promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) - na proposta inicial, o cartão valeria apenas em viagens de ônibus.
Após as manifestações de junho, aconteceu o contrário: o prefeito compareceu ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, para anunciar com Alckmin a diminuição do preço da passagem de ônibus e metrô. O governador reiterou a participação do Estado no projeto de Haddad anteontem: "Para viabilizar o bilhete mensal, determinamos a entrada do trem e do metrô". E confirmou a criação de um cartão exclusivo para os trilhos. "Cerca de 30% das pessoas usam só trem e metrô. Para essas, faremos outro cartão."
Com a adesão do Estado, a cidade passará a ter três modelos de bilhete mensal: um integrado, um válido apenas para os ônibus e outro apenas para o transporte sobre trilhos. O integrado custará R$ 230 e os outros, R$ 140. O usuário poderá usá-los quantas vezes quiser por um mês nos modais de transporte escolhidos.
O cartão será o mesmo, mas terá quatro funcionalidades - além dos três bilhetes que começarão a valer no dia 30, também comportará o Bilhete Único comum, que é carregado conforme o uso. O usuário só terá de escolher a opção mais conveniente quando for carregá-lo.
Toda a tecnologia para o cartão foi desenvolvida pela SPTrans. A Prefeitura ficará responsável por repassar os dados dos usuários ao governo do Estado. A administração municipal afirmou que não consegue medir qual será o aumento de cadastros a partir da abertura aos outros tipos de bilhete. Dos R$ 230 cobrados pelo integrado, R$ 110 devem ir para a Prefeitura e R$ 120, para o Estado. O bilhete deve custar R$ 45 milhões mensais em subsídios para o governo estadual.
Informações: Agência Estado
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