Somente às 10h30min desta terça-feira o serviço de coletivos da Carris foi normalizado. A paralisação de funcionários da companhia, que entre as 4h40min e as 8h impediram a saída dos ônibus da garagem da empresa, na zona leste de Porto Alegre, afetou o transporte coletivo da Capital nesta manhã.
Entre as 6h40min e as 7h45min, os ônibus foram liberados sob escolta de policiais da Brigada Militar. Depois os responsáveis pelo protesto voltaram a impedir a saída de veículos até as 8h15min, quando ficou decidido que os trabalhadores estavam liberados para retornarem ao trabalho ou, espontaneamente, permanecerem mobilizados.
Segundo o delegado sindical da Carris, Afonso Martins, a empresa não teria cumprido o prometido em uma reunião realizada mais cedo:
— Tentamos acordo com a empresa, que prometeu se reunir no caso da liberação de 30% dos ônibus, mas daí colocaram a Brigada no meio e forçaram a abertura da garagem. Agora vamos fazer uma assembleia para definir os rumos da manifestação.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanhou a retomada dos serviços e, às 10h30min, declarou que o atendimento havia sido normalizado. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas foram afetadas pela paralisação somente nesta manhã.
Motivo da paralisação
A mainfestação ocorre em protesto contra as demissões de cobradores suspeitos de participarem de fraude na cobrança de passagens. Um grupo de 26 cobradores foi demitido por justa causa durante a segunda-feira, após a descoberta de uma fraude na bilhetagem eletrônica.
Conforme a Carris, o esquema envolvia a utilização de cartões TRI de terceiros, com os quais os cobradores se aproveitavam de isenções e da segunda passagem gratuita e embolsavam a quantia paga em dinheiro pelos usuários.
Informações: Zero Hora
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